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27-07-2004

As tentações


Editorial

O Governo de Portugal surpreendeu, na passada sexta-feira, ao demitir o Eng António Cardoso e Cunha da presidência do conselho de administração da TAP.


A saída deste executivo político pôs fim a uma longa e mediática guerra surda, salpicada de alguma sujidade nas acções e actos, com o administrador-delegado da companhia aérea, o brasileiro Fernando Pinto. Este último, que foi contestadíssimo, aquando da sua nomeação em Outubro de 2002, liderou, desde então, uma equipa de profissionais, e, pelo que se viu, recuperou a transportadora aérea nacional dos défices crónicos que todos nós pagávamos, apresentando pela primeira vez em 2003 resultados positivos (19,7 milhões de euros).

 


A guerra, assim transparece das declarações públicas do antigo presidente Cardoso e Cunha, era o valor da recuperação. O mais importante, pensava o político, era discutir o valor do lucro e não avaliar o principal – ter-se libertado a TAP dos prejuízos.


A liderança e gestão de Fernando Pinto, estranhe-se, até dos sindicatos da TAP, tinha o apoio quase sem reservas, mas o importante não era a manutenção da paz social da empresa nem manter as condições da sua recuperação. O decisivo, no entender do político, é a forma de contabilização dos lucros e preparar a TAP para a privatização.


Sabe-se, agora, que a decisão de afastar Cardoso e Cunha não foi consensual dentro do Governo. Parece que Santana Lopes apoiou o seu ministro António Mexia nesta deliberação, contra os ventos e as marés mais carreiristas das forças internas do seu próprio partido, que sustentavam Cardoso e Cunha.


A posição de Santana Lopes era, como se sabe, também apoiada por Paulo Portas.


Santana Lopes decidiu bem. Uma prova de maturidade política e de transparência de governação é apoiar quem gere bem, quem produz, quem pacífica e quem progride por contraponto à manutenção de guerras e questiúnculas sem conteúdo cujo único objectivo é a tomada do poder numa empresa de todos nós.


A única decisão errada é o pagamento dos salários até Dezembro aos que agora saíram, mas, mesmo assim, entende-se.


Não percebo muito de aviação e muito menos da gestão duma companhia de aviação, mas fico satisfeito, quando em Portugal se reconhece o valor a quem o tem, seja português ou estrangeiro. É uma questão de senso comum que vai infelizmente rareando. Este homem, pesem as críticas dos passageiros quanto ao serviço de refeições a bordo, aborreçam-se mais ou menos os concorrentes com a agressiva campanha comercial, recuperou a companhia aérea de bandeira do nosso País que é, como sabemos, uma empresa pública.


Devia ser um exemplo para outras empresas públicas que gangrenam os nossos dinheiros e criam uma imagem de Portugal péssima.


Ficou provado que, com profissionalismo, que diminuindo ou erradicando os tão conhecidos “tachos políticos”, até é possível ter as empresas públicas a funcionar bem e dar lucro. Claro que, depois, devemos privatizar uma boa parte para evitar as futuras tentativas de agarrar mais umas “lapas políticas” à sua apetecida carne.


 António Granjeia

Administrador do JB


 


 


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